sexta-feira, 30 de outubro de 2009

DIA 28.10 - ATIVIDADES

Conteúdo/Atividades
Gravação com os grupos.
(Equipe C grava)
(Equipe A e B edita)

Metodologia de Trabalho
Aula prática (saída a campo)
Aula prática (ilha de edição)

Orientadores
Bellini Andrade, Mateus Brandão, Leonardo Souza.


Imagens das ruínas da Mina de Gongo Soco









quinta-feira, 29 de outubro de 2009

DIA 27.10 - ATIVIDADES

Gravação com músicos veteranos pela Equipe B.




DIA 27.10 - ATIVIDADES

Edição do video da Fazenda Soledade pela Equipe A.


DIA 27.10 - ATIVIDADES

Atividades da oficina em sala de aula, com equipes em fase de finalização de roteiros e em processo de edição (Equipe A). Visita à oficina da Secretária de Educação de Barão de Cocais, Águida Soares Nunis.



DIA 27.10 - ATIVIDADES

Gravações sobre o tema Banda Sta.Cecília, com músicos jovens, pela Equipe B.



quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DIA 27.10 - ATIVIDADES

Gravação do maestro da Corporação Musical Sta. Cecília, Alexandre Lacerda, pela Equipe B.




Conteúdo/Atividades
Gravação com os grupos.
(Equipe B grava)
(Equipe A Edita e C produz)

Metodologia de Trabalho
Aula prática (saída a campo)
Aula prática (ilha de edição)

Palestrantes
Bellini Andrade, Mateus Brandão, Leonardo Souza.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DIA 26.10 - ATIVIDADES

Conteúdo/Atividades
Gravação com os grupos.
(Equipe A grava)
(Equipe B e C produzem)

Metodologia de Trabalho
Aula prática (saída a campo)

Palestrantes
Bellini Andrade, Mateus Brandão, Leonardo Souza.

Fotos da Fazenda Soledade:



DIA 23.10 - ATIVIDADES

Conteúdo/Atividade
Criação dos roteiros, discussão de temas, finalização dos roteiros.

Metodologia de Trabalho
Aula prática

Palestrantes
Bellini Andrade, Mateus Brandão, Leonardo Souza.






DIA 22.10 - ATIVIDADES

Conteúdo/Atividades
Conhecendo a ilha de edição (equipamentos): câmera, celulares e acessórios.

Metodologia de Trabalho
Aula expositiva e prática

Palestrantes
Bellini Andrade, Mateus Brandão, Leonardo Souza.









DIA 21.10 - ATIVIDADES

Conteúdo
Argumento e roteiro. Definição dos argumentos e criação de sinopses. Criação dos roteiros, discussão de temas.

Atividades/Metodologia de Trabalho
Aula expositiva

Palestrantes
Bellini Andrade, Mateus Brandão, Josanne Guerra Simões.



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DIAS 19 e 20.10 - ATIVIDADES

Os temas dos vídeos da oficina de Barão de Cocais já foram escolhidos. São eles:
-Gongo Soco (ruínas de mina de ouro)
-Banda Sta. Cecilia
-Fazenda Soledade





terça-feira, 13 de outubro de 2009

IL VIDEO È MOBILE!

PRÉ-PROCESSAMENTO DO VÍDEO

Muitas coisas devem ser consideradas no processo de preparação do material de vídeo.

Sempre opte pela qualidade. Não “caia” no erro de achar que “é muito pequeno, não faz diferença”. O processo de “encoding” maximixa os eventais ruídos e erros.

Sempre busque acumular pequenas melhorias em todo o processo de produção, nenhuma oportunidade deve ser desconsiderada.


O QUE É CODEC

O codec é o processo composto por uma COmpressão e uma DECompressão de um vídeo digital. Encodar é fazer uso de codecs para reduzir o tamanho de um vídeo digital, removendo a informação visual redundante.



DICAS

Planos bem compostos e facilmente entendíveis.

Busque uma edição menos frenética.

Tente “cropar” as bordas do video. Bordas bem definidas “encodam” melhor. Não há motivo para encodar “overscan” video. Isto ajuda a não perder tempo e processamento encodando as bordas ao invés do conteúdo.

Limite o uso de movimentos de camera.

A ação deve acontecer dentro do quadro.

Dê preferência a gravar contra fundos neutros.

Use a profundidade de campo para isolar o seu tema do fundo.

Ilumine seu tema de forma a destaca-lo do fundo.

Nunca use “gain up” da camera. Prefira a iluminação adequada.

Aumentar o brilho acrescentará ruído ao video, o que não é recomendado.

Use cortes secos ao invés de fusões e fades.

Use moderadamente os cortes de edição.

Selecione e utilize caracteres adequados ao pequeno tamanho das telas.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

O que é Educação Patrimonial

A questão patrimonial no Brasil ganhou relevância no cenário intelectual, artístico, literário e acadêmico por volta da década de 1920, em meio à busca por marcos fundadores e identitários da nação brasileira. No âmbito artístico essa busca ganhou maior visibilidade na Semana de Arte Moderna de São Paulo, ocorrida em 1922; ano da comemoração do centenário da Independência do Brasil. Ao menos no plano do desejo, a Semana de Arte Moderna pretendia ser o momento de afirmação de valores/expressões estético/artísticos efetivamente nacionais, desvinculados dos ditames culturais estrangeiros, notadamente europeus.

Nesse contexto de procura das raízes nacionais também ocorre, neste início de século, em 1924, a viagem a Minas Gerais de um grupo de intelectuais e artistas modernistas, tendo à frente Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Blaise Cendrars. Aqui, encantam-se com as construções coloniais, em especial as de Ouro Preto e Mariana. A viagem gera, entre outros frutos, artigos e correspondências nos quais se discute a defesa da preservação daquilo que seria, para eles, a genuína expressão da alma e criatividade brasileiras.

Não por acaso, Mário de Andrade é incumbido pelo governo federal, da redação de um anteprojeto de lei para a criação de um órgão responsável pela preservação do patrimônio histórico e artístico brasileiro; ponto de partida para a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), bem como, em 1937, pela elaboração do decreto-lei nº 25/1937, que versa sobre os processos de tombamento do patrimônio brasileiro.

Talvez pela premência da salvaguarda, pelo predomínio de determinados profissionais ou pela escolha proposital daqueles “patrimônios” considerados significativos da história e da arte nacionais, os profissionais recrutados para a área da preservação voltaram sua atenção, de maneira especial, para as edificações — no jargão da área, os monumentos de “pedra e cal” — , objetos e locais que, no entendimento desses profissionais, carregavam simbólica e concretamente, a herança brasileira; portadores de relevância histórica para a nação. Relevância que tinha como critérios norteadores preponderantemente a excelência artística, arquitetônica e estética e, os de genialidade e criatividade.

Nesse sentido, museus foram criados com o objetivo de reunir, expor e divulgar estes objetos-símbolo. O Museu da Inconfidência em Ouro Preto, de iniciativa do governo federal e o Museu Arquidiocesano de Mariana são apontados como iniciativas dessa natureza e até hoje considerados os mais importantes acervos da história e da arte coloniais mineiras. Neles, esses objetos resignificaram, transformando-se em peças dignas de serem observadas, admiradas, cobiçadas: puros espaços de contemplação.

Sob essa mesma perspectiva Ouro Preto e Mariana, por exemplo, tiveram seus centros urbanos tombados no conjunto e algumas de suas edificações mereceram, igualmente, o tombamento individual, como a capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis em Ouro Preto, considerada pelos historiadores da arte a obra-prima do chamado “estilo colonial mineiro” e de seu artista maior: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Processo esse que se repetiu país afora com outros artistas, edificações e objetos também eleitos pelos especialistas, como representativos dos locais e momentos-força que se queria guardar e reverenciar.

Em torno da década de 1980 profissionais da área de preservação como arquitetos, historiadores e museólogos, ocuparam sua atenção com outras preocupações. Entre essas preocupações estava a necessidade de ampliar o sentido e o uso dos equipamentos museológicos e dos espaços urbanos e arquitetônicos considerados patrimônio para além do seu sentido tradicional enquanto espaço de contemplação e local de guarda empoeirada de “coisas velhas”, dotando-os de uma função educativa dinâmica. Para tanto, alguns museus incorporaram aos seus quadros profissionais da área de Educação, responsáveis pela criação dos setores pedagógicos dos museus, que teem como objetivo a elaboração de projetos voltados para a comunidade do seu entorno, em especial a população estudantil.

As próprias exposições também adquiriram novos enfoques visando acrescentar aos objetos expostos por sua beleza, raridade, riqueza, excentricidade e antiguidade a dimensão do conhecimento. A partir de então ganha força a concepção de que os objetos museológicos devem proporcionar ao visitante a possibilidade de compreensão da época na qual foram confeccionados, seus usos e significado para a sociedade que o gerou e seus resignificados ao longo do tempo. Com isso o objeto-monumento, ou seja, o objeto como valor de culto ao passado, torna-se objeto-documento; porta de acesso ao passado; à compreensão daquilo que nos formou/forjou como sociedade, comunidade, grupo social ou étnico. Essa postura ou diretriz museológica vem, aos poucos, disseminando-se pelo país. Vale lembrar que alguns poucos arquivos históricos também veem implementando ações educativas junto aos corpos docente e discente dos ensinos fundamental e médio, democratizando o acesso à documentação sob sua guarda.

Outra preocupação que se instalou na década de 1980 girava em torno da abrangência do próprio conceito de patrimônio, na tentativa de identificar, compreender e preservar a herança complexa e diversa da dinâmica social brasileira em suas múltiplas facetas. Como desdobramento dessas reflexões os estudiosos e pesquisadores, acompanhando tendências internacionais, adotaram o conceito mais amplo de patrimônio cultural, que veio substituir o de patrimônio histórico e artístico. De acordo com a Declaração de Caracas (1992), “o patrimônio cultural de uma nação, região ou de uma comunidade é composto de todas as expressões materiais e espirituais que o constituem, incluindo o meio ambiente natural.” Ou seja, patrimônio cultural é tudo aquilo que exemplifica os fazeres e saberes humanos; portanto, não mais apenas aquilo que é belo, antigo, raro, excêntrico ou representante de um grupo social dominante. Valoriza-se daqui por diante tudo aquilo que expressa o modo de viver e conviver dos grupos sociais, no seu cotidiano: seus hábitos, crenças, afetos, trabalho, festejos, entre outros. Enfim, aquilo que os singulariza ou, ao contrário, que os aproxima, conformando a identidade cultural de uma determinada comunidade na sua relação com outras comunidades ou a sociedade de maneira geral.

Conceito esse assumido pela Constituição Brasileira de 1988, nos capítulos dedicados à preservação, onde também se abre à sociedade o direito e o dever de eleger e proteger aquilo que ela considera como patrimônio cultural; tornando-se, assim, parceira fundamental dos órgãos voltados para a preservação. A sociedade torna-se, então, protagonista dessas escolhas, por intermédio dos conselhos e institutos municipais voltados para a preservação.

Seguindo essa orientação o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) elaborou a política de preservação cultural que vigora no momento e norteia a atuação dos institutos e conselhos estaduais e municipais. Para estabelecer sua metodologia de trabalho, o IPHAN elaborou uma tipologia de bens culturais. Assim, o patrimônio cultural compreende o patrimônio material e o patrimônio imaterial ou intangível.

A categoria patrimônio material compreende dois tipos de bens culturais: os bens culturais imóveis e os bens culturais móveis. Bens culturais imóveis são as edificações civis, oficiais, militares e religiosas, bem como os sítios arqueológicos e históricos que guardam características de determinados momentos históricos; seja de interesse da nação, do estado ou de um município ou região. Bens culturais móveis englobam, por exemplo, adornos, vestuário, instrumentos de trabalho, objetos e paramentos litúrgicos, documentos, fotografias, entre outros.

O patrimônio imaterial, por sua vez, foi categorizado, para efeito de registro, em cinco modalidades que se pretendem amplas o suficiente para abarcar a multiplicidade e diversidade das manifestações culturais. São elas:
• Formas de expressão: são as manifestações culturais como cantos e formas de comunicação dos mais variados tipos como os toques dos sinos (em processo de registro pelo IPHAN) e línguas de povos ou grupamentos étnico e sociais em extinção, como alguns idiomas indígenas;
• Celebrações: são as manifestações culturais como a Folia de Reis, o Congado, as novenas;
• Ofícios: são as técnicas do fazer, como a confecção de panelas de barro, técnicas construtivas como o pau-a-pique e a cantaria, a confecção de jóias como o coco e ouro de Diamantina e o queijo do serro; esse último, já objeto de registro pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG);
• Lugares: mais do que as edificações e espaços urbanos característicos e singulares de uma região, são locais característicos pelo uso que deles faz a população enquanto espaços de vivência, encontro e afeto; de que é exemplo o Mercado Ver-o-Peso de Belém do Pará;
• Saberes: são todos aqueles saberes tradicionais que ainda se conservam, como a “benzeção” e o conhecimento de ervas e raízes medicinais.

Vale lembrar que os primeiros registros de bens imateriais dentro dessa concepção metodológica são ainda recentes, datando de 2005. Portanto, é um campo a ser explorado e estudado não apenas pelos órgãos preservacionistas, mas, principalmente, pela sociedade, que deve eleger aquilo que representa o seu passado e a sua tradição, nas suas variadas dimensões.

A educação patrimonial, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação como tema transversal, tem como objetivo capacitar alunos e professores a conhecer e compreender a dinâmica cultural, no seu processo de permanência, mudança e transformação, que permeia o meio no qual se inserem, auxiliando-os a compreender sua própria identidade cultural ao mesmo tempo em que valorizam e respeitam a identidade cultural do outro, como prevê a convivência democrática. Com isso, pretende-se que alunos e professores se apropriem efetivamente do legado cultural e, enquanto cidadãos atuem no sentido de preservar e recuperar os valores e marcas que constituem seu patrimônio pessoal e coletivo.

Projetos na área de Educação Patrimonial são meio fundamental para a formação dos alunos na prática cidadã e no auto-conhecimento, ao possibilitar-lhes a compreensão do contexto cultural no qual vivem e agem; dotando-os de instrumentos capazes de auxiliá-los na definição e reconhecimento daquilo que compõe sua identidade cultural. É meio eficaz na construção de um conhecimento significativo pois, por seu intermédio, e trabalhado de maneira transdisciplinar, potencializa e concretiza conteúdos disciplinares e educacionais, bem como competências e habilidades desejáveis ao estudante tais como: capacidade de observação, questionamento, pesquisa e análise da realidade vivida por eles; capacidade de compreensão crítica de outras realidades; atitudes proativas na construção de novas/outras formas de sociabilidade baseadas no respeito a si próprio e ao outro, entre outros.

Além disso, projetos na área de Educação Patrimonial podem promover maior interação entre a escola e a comunidade na qual se insere; com isso, a escola adquire ou reforça laços de convivência. Reforça, igualmente, seu caráter enquanto espaço dinâmico e ativo da construção do saber e da atuação cidadã e enquanto local privilegiado de troca de conhecimentos, experiências e vivências.


Josanne Guerra Simões


Bibliografia:
CANCLINI, N. G. O patrimônio cultural e a construção imaginária do nacional. Revista do Patrimônio Histórico Artístico Nacional, n.23, p.94-115, 1994.

FUNARI, Pedro Paulo; PELEGRINI, Sandra de Cássia Araújo. Patrimônio Histórico e Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. (col. Ciências Sociais Passo a Passo).

LE GOFF, Jacques. Documento/monumento. In: ROMANO, Ruggiero (dir.). Memória/História. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1984. p. 95-106. (Enciclopédia Einaudi, 1).

LEMOS, A.C. O Que O que é Patrimônio Histórico. São Paulo: Brasiliense, 1981. (col. Primeiros Passos).

PELEGRINI, Sandra. Cultura e natureza: os desafios das práticas preservacionistas na esfera do patrimônio cultural e ambiental. Revista Brasileira de História, jun. 2006, v.26, no.51, p.115-140.

SÃO PAULO (cidade). Secretaria Municipal de Cultura. Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O direito à memória: patrimônio histórico e cidadania. São Paulo: DPH, 1992.